quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Proposta de reforma pode tirar jovens da escola por dois dias na semana


Governo federal discute oferecer 40% do currículo na modalidade a distância, o que afastaria adolescentes das salas de aula



A possibilidade de o ensino médio ser oferecido a distância voltou a preocupar os movimentos por uma educação pública de qualidade. Na semana passada veio à tona a intenção do governo de permitir que até 40% da carga horária da etapa seja ministrada na modalidade ensino a distância. Isso faria com que os estudantes deixassem de frequentar as escolas por ao menos dois dias na semana.

A flexibilização estaria alicerçada em uma resolução que atualiza as Diretrizes Nacionais Curriculares do Ensino Médio, no contexto de uma reforma mais ampla, e prevê a regulamentação da carga horária. A proposta foi apresentada ao Conselho Nacional de Educação no último dia 6 pelo relator Rafael Lucchesi, presidente do Senai, e por Eduardo Deschamps, presidente do conselho. O texto ainda prevê que a Educação de Jovens e Adultos seja ofertada 100% a distância.
Quando o documento se tornou público, o Ministério da Educação negou a existência do projeto. O ministro Mendonça Filho alegou que a informação é “absolutamente inverídica” e que se trata de um debate muito pontual do conselho, órgão independente e autônomo. Mendonça Filho, que deve deixar a pasta em abril para concorrer nas eleições, garantiu ainda que a proposta será vetada caso chegue ao MEC.

            A regulamentação encontra, porém, respaldo em um dispositivo legal. A Lei nº 13.415, sancionada em fevereiro de 2017 e que institui a reforma do ensino médio, previa a possibilidade de as escolas firmarem convênios com instituições de ensino a distância para cumprir as exigências curriculares.

            Por essas razões, as justificativas do governo não convencem Fernando Cássio, professor de Políticas Educacionais da Universidade Federal do ABC. “O conselho virou um cartório do MEC, que o montou à sua imagem e semelhança, eliminando as fontes de dissenso e distorcendo a correlação de forças em favor de suas agendas. Então não adianta passar a fatura.”

            O governo, afirma Cássio, cederia ao lobby de integrantes do conselho que representam a educação privada. “É de grande interesse do setor que a regulamentação exista, pois ela permitiria uma multiplicação de escolas online a distância, de baixíssimo custo, e o início de uma operação de entrega de vouchers pelo governo para custear os estudantes nessas instituições. É um primeiro passo para a privatização da oferta.”

            O principal temor é o da precarização da formação dos estudantes, que, além de ter o tempo escolar reduzido, seriam submetidos a uma educação menos preocupada com uma perspectiva crítica. No ano passado, 7,9 milhões de estudantes estavam matriculados no ensino médio, segundo o Laboratório de Dados Educacionais-UFPR, elaborados a partir de micro dados do Censo Escolar-Inep 2017.

            Para Carlos Artexes, ex-integrante do Ministério da Educação, parte dessa preocupação baseia-se na própria reforma do ensino médio. “Embora ela parta do pressuposto da ampliação progressiva da carga horária na etapa, provoca o reducionismo curricular.”

            A reforma estabelece um teto para o cumprimento dos conteúdos da Base Nacional Comum Curricular no currículo do ensino médio de 1,8 mil horas, o que equivale a 60% do tempo total da etapa. Os outros 40% ficariam reservados à parte diversificada, os itinerários formativos que compreendem cinco áreas do conhecimento e precisam ser oferecidos de acordo com a possibilidade dos sistemas de ensino. A Base, em processo de homologação, deve ser remetida ao Conselho Nacional de Educação até o fim do mês.

            “É a primeira vez que vejo uma regulação máxima para a formação geral dos estudantes. Hoje contamos com uma carga mínima de 800 horas por ano para a etapa, o que permite que as escolas façam mais de acordo com seu planejamento. Agora, estabelecemos limite para os conteúdos da Base”, pondera Artexes.

            Por conta desse modelo, diz o especialista, não há garantia de que os sistemas educacionais consigam cumprir com a parte diversificada. “Em um contexto de crise econômica, a oferta de todos os itinerários formativos certamente não vai acontecer, os alunos não terão a possibilidade da escolha como tem sido anunciado, ficarão restritos às possibilidades de oferta das escolas.”

            A dinâmica tende a ampliar as já profundas desigualdades educacionais, pois as escolas em condições mais precárias, localizadas em áreas pobres, terão menos chances de desenvolver trabalhos formativos do que aquelas localizadas em regiões com maior poder econômico.

            Na visão dos especialistas, a política de educação em tempo integral, uma das principais âncoras da reforma do ensino médio, não deve contrariar a lógica. “O custo de uma escola de tempo integral é elevado, os estados não terão condição de mantê-las. E, mesmo que tenhamos 500 unidades no País, será pouco relevante diante das 20 mil unidades que atendem essa faixa.” A política, alerta Cássio, tenderia a criar ilhas de excelência e provocar distorções da qualidade do ensino.

            Outro risco é de os estudantes serem punidos por uma formação com foco na profissionalização que os condicione a carreiras de baixa complexidade no mercado de serviços. “As reformas educacionais comandadas pelas elites têm um único fim, manter a estratificação das desigualdades. Os grupos que apoiam as reformas educacionais no País são os mesmos que bancam as reformas das relações de trabalho, da Previdência, e não encararam as mudanças de origem política e tributária”, lembra Cássio.

por Ana Luiza Basilio — publicado 28/03/2018 09h33
https://www.cartacapital.com.br/educacao/proposta-de-reforma-pode-tirar-jovens-da-escola-por-dois-dias-na-semana

Ao deixar Fundação Casa, 30% não vão à escola e 65% reincidem


Relatório do Instituto Sou da Paz mostra o peso da vulnerabilidade social sobre os adolescentes internos

RICHARD ALDRIN/DECOM PREFEITURA DE PRAIA GRANDE


O relatório mostra que há uma forte relação entre a prática da primeira infração, o rompimento dos vínculos familiares e a evasão escolar

“Desde que eu sou pequeno vejo minha mãe trabalhando de manhã até a noite pra ganhar mil reais e sustentar quatro bocas. Tiro de quem tem, pra mim isso tá certo”, contou Roberto, 17 anos, à equipe do Instituto Sou da Paz. O jovem faz parte do grupo de menores de 18 anos que se envolveram com atos infracionais e cumprem medidas socioeducativas na Fundação CASA.

Roberto descreveu a comunidade onde morava como “um bairro entre dois bairros de gente rica”, “a favela fica no meio”. Ao que ele viu em seu cotidiano, “asfalto e saneamento não é pra todo mundo”. Ele conta que um dia será como eles, os “ricos”, “não sei se vai ser trabalhando, ou no crime”.

O depoimento do jovem faz parte do relatório “Aí Eu Voltei Para o Corre - Estudo da Reincidência Infracional do Adolescente no Estado de São Paulo”. Suas palavras mostram que o envolvimento infracional não está apenas associado à pobreza ou à miséria em si, mas, sobretudo, “à desigualdade social, ao não exercício da cidadania e à ausência de políticas sociais básicas”.

O estudo mostrou que o peso da vulnerabilidade socioeconômica é grande. Uma das entrevistadas na Fundação relacionou a reincidência - realidade de 65% dos internos entrevistados - ao fato de que dentro da medida socioeducativa o jovem tem acesso a cinco refeições, ao passo que em casa é bem possível que tenha menos de três ou nenhuma.

A reincidência, foco principal do estudo, também pode ser explicada pelo acesso limitado a serviços públicos, vulnerabilidade socioeconômica, discriminação e seletividade da justiça criminal.  Dentre os adolescentes entrevistados, 43% teve de contribuir para a renda familiar durante a sua vida e 75% já havia exercido alguma atividade remunerada, quando deveriam dedicar-se apenas aos estudos.

Segundo Ana Carolina Pekny, pesquisadora do Instituto e uma das autoras do relatório, dentro esses adolescentes, "há dificuldades de verbalizar algum sonho". Mas há uma vontade de participar do mercado de consumo, impulsionada pelas desigualdades sociais. "Todo mundo quer consumir, todo mundo quer ter coisas, pra esse adolescente ter algo é uma forma de ser alguém no mundo", afirma Ana. 

“Filho de rico não vem para cá. A justiça é seletiva, pune por ser pobre”, afirmou um profissional da Fundação Casa. Tudo isso pode justificar o envolvimento infracional. Os números corroboram as observações e são importantes frente às propostas que visam a redução da maioridade penal e o endurecimento de sanções destinadas a menores de 18 anos que cometeram infrações, e que começaram a serem bombardeadas com mais força no Congresso desde 2015.

“Ao deixar a Fundação CASA, 30% dos adolescentes não retorna à escola”
           
O relatório mostra que há uma forte relação entre a prática da primeira infração, o rompimento dos vínculos familiares e a evasão escolar. “Enquanto o abandono escolar está associado ao envolvimento infracional cinco meses mais cedo, em média, o encaminhamento para um abrigo antecipa a idade da primeira infração em nove meses”, afirma.

Quase 70% dos jovens estavam fora da escola quando ingressaram na Fundação CASA e ao deixá-la, 30% deles não retornam à sala de aula.

Metade deles abandonou a escola até os 14 anos, sendo que quase 60% dos reincidentes tinham 14 anos ou menos quando evadiram, ou seja, deixaram de frequentar as aulas. Antes da evasão, 83,7% deles repetiu de série, 39,8% foi expulso ou transferido e 33,7% sofreu discriminação por envolvimento infracional.

Segundo o estudo, a interrupção dos estudos aconteceu logo depois da entrada no mundo infracional para a maior parte dos adolescentes. Quase dois terços deles abandonaram a escola quando já tinham cometido a primeira infração.

Em diversos casos, essa primeira infração foi o furto de itens de pequeno valor, como gêneros alimentícios em mercados. Depois do furto, vem o tráfico de drogas, que também figura entre as maiores razões da incidência. Diferente do que a realidade os oferece, o tráfico dá a eles uma opção de renda fixa. Somados, tráfico e roubo correspondem a mais de 90% dos casos, sendo que 67% dos internados por roubo contaram ter feito uso de arma de fogo durante a prática.

“65% dos entrevistados são reincidentes”

A volta à sua comunidade pós internação é perversa em muitos casos. Isso porque 30% não retornou à escola e somente 20% conseguiu emprego. Reflexo disso, é o fato de que a vulnerabilidade social entre os reincidentes em internação é ligeiramente mais acentuada. Segundo Ana Carolina, para a maioria dos jovens, "a vida fora da Fundação é uma vida sem perspectivas". "Eles chegavam a se questionar se sabiam fazer algo diferente daquilo", afirma a pesquisadora. 

“Chama atenção que, proporcionalmente, mais reincidentes em internação já tenham “morado na rua”: quase metade dos entrevistados que moraram na rua eram reincidentes, sendo que eles representaram somente um terço da amostra total de respondente”, indica o estudo.

Outras realidades recorrentes, após o cumprimento da medida socioeducativa, são a discriminação e as dificuldades do egresso na escola e no mercado de trabalho, o que contribui significativamente para a continuidade do ciclo infracional.
           
Segundo o relatório, um profissional apontou que alguns adolescentes sequer conseguem matrícula escolar devido à discriminação: “Enquanto aqui falamos da importância dos estudos... quando os meninos saem, não conseguem estudar. Assim não dá para mudar de vida”.
Martim, de 17 anos, internado por roubo, afirmou que a discriminação pós-internação contribuiu para que ele decidisse cometer novos delitos. Para parte desses adolescentes, a “pena já cumprida se revela perpétua e os egressos são, na prática, empurrados em direção a estratégias ilegais de sobrevivência”.

Quase metade dos reincidentes foram apreendidos entre um e seis meses após a última saída da Fundação. “Trata- se do período de maior risco para a reincidência infracional, o que deve orientar a formulação de ações de acompanhamento de egressos, com especial atenção ao retorno destes adolescentes para suas realidades e comunidades”, afirma o Instituto.

“Cerca de 90% dos entrevistados sofreu agressões físicas de policiais”

A violência institucional, racial e socioeconômica é clara na vida desses jovens. Segundo o estudo, cerca de 90% dos entrevistados sofreu agressões físicas de policiais, principalmente em abordagens e apreensões, além dos corriqueiros relatos de humilhações perpetradas por policiais e outros agentes de segurança. Entre os jovens, 25% também relatou ter sofrido espancamento nas unidades de internação provisória e centros socioeducativos da Fundação CASA.

Não é por acaso que, em 2016, 26% das vítimas de “mortes decorrentes de oposição à intervenção policial” tinham entre 15 e 19 anos – faixa etária que correspondia a menos de 8% da população do estado no mesmo ano.

Há relatos de adolescentes que já foram vítimas de agressões por familiares (8,6%), ou testemunharam briga ou agressão na família (35,7%).

Fora do ambiente doméstico, casos de discriminação, racismo e constrangimento são frequentes. Um perfil desses jovens mostra o porquê: a maioria são homens (95,9%), negros (76,3%) e com idades entre 16 e 17 anos (52,9%). Casos de racismo nas escolas, em estabelecimentos comerciais, como lojas de rua e shoppings, e em entrevistas de trabalho são narrados no documento. João, de 17 anos, disse que era “normal” ser “perseguido em lojas”.

“A mãe foi a figura mais citada como a pessoa em quem mais confiavam”

Sete entre 10 adolescentes são visitados pela mãe, e três entre 10, pelo pai. Como já era esperado, para 69,4% dos jovens, a mãe é a figura em que mais confiam.  

“De fato, a personagem da mãe (ou das tias) surgiu como a possibilidade de reflexão e superação do envolvimento infracional na narrativa de muitos adolescentes ouvidos”, afirma o relatório. Os casos são muitos. Daniel, por exemplo, de 17 anos, criado pela tia, sua figura materna, demonstrou grande afeto por ela e lamentou que ela não pudesse visitá-lo devido às suas condições de saúde. Outro jovem creditou à sua mãe grande responsabilidade por seu afastamento temporário do universo infracional

“Chegou um dia que minha mãe veio me visitar e ela estava acabada. Não me esqueço, não. Dava para ver que ela estava sofrendo por causa do meu BO. Eu quero dar orgulho para ela.”, relatou Ronaldo, de 18 anos.

Segundo Ana Carolina, a maioria dos jovens morava apenas com a mãe e tinham uma relação muito positiva com ela. "Eles têm a preocupação de não querer que a mãe vá visitar e querem sair para vê-las. Muitos presenciaram violência doméstica e assistiram brigas e agressões sofridas pelas mães dentro de casa", afirma.

Para o estudo, o fator de risco é que muitas das mães de adolescentes cumprindo medidas socioeducativas criam seus filhos sozinhas, exercem trabalhos de baixa remuneração e “lidam com um nível de estresse maior para prover financeiramente a casa e cuidar dos filhos”. Tudo isso, aliado à existência de “uma rede de apoio ineficaz”, com “ausência de apoio do parceiro, falta de recursos na comunidade, como creches, entre outros”.

por Giovanna Costanti — publicado 22/08/2018 18h59.
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/ao-deixar-a-fundacao-casa-30-dos-adolescentes-nao-retornam-a-escola-e-65-tornam-se-reincidentes-afirma-relatorio.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Atividade Complementar sobre Maias, Astecas e Incas


Educandário Sol Nascente
Goiânia, _______ de _____________ de 2018.
Nome: __________________________________
Professor: Marcelo Henrique Junta

Atividade Complementar sobre Maias, Astecas e Incas 

1. As civilizações pré-colombianas que se desenvolveram na região da Mesoamérica (onde hoje está parte do México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua) – civilização asteca e civilização maia – foram consideradas bastante avançadas para os europeus que com elas travaram o primeiro contato. Aponte a alternativa abaixo que contenha alguns dos aspectos definidores desta característica de “civilização avançada”: 
a) Astecas e maias possuíam uma sofisticada tecnologia de navegação ultramarina que possibilitou a exploração das regiões litorâneas da América do Sul. 
b) As grandes cidades destas civilizações, como Teotihuacán, possuíam um grande sistema de infraestrutura, tendo desenvolvido grandes templos, grandes vias e praças para comércio e comportavam até mais de 100.000 habitantes dentro de seus domínios. 
c) Astecas e maias não faziam sacrifícios cruentos (morte de pessoas ou animais), pois já havia entre essas civilizações um avançado sistema religioso, como o Cristianismo e o Budismo. 
d) Essas duas civilizações tinham em comum o fato de possuírem um sofisticado sistema astronômico e um exímio domínio da pólvora. 
e) As cidades pré-colombianas da Mesoamérica não tinham templos grandiosos, pois haviam concebido um tipo de estado laico, com administração burocrática isenta de interferências religiosas. 

2. (UFSM-RS) [Adaptada] "Os guerreiros constituíam um dos grupos mais importantes na civilização asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de ter guerreiros entre os seus membros." 
KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996, p. 13.) 
O texto faz referência à sociedade asteca, no século XV, a qual era: 
a) guerreira e sacerdotal, formada de uma elite política que governava com tirania a massa de trabalhadores escravos negros. 
b) igualitária e guerreira, não conhecendo outra autoridade senão a sacerdotal, que também era guerreira. 
c) comunal, com estruturas complexas, sendo dirigida por um Estado que contava com um aparelho administrativo, judiciário e militar. 
d) hierarquizada e guerreira, visto que o Imperador era, ao mesmo tempo, o general do exército asteca e o sumo pontífice sacerdotal. 
e) igualitária, guerreira e sacerdotal: todo guerreiro era um sacerdote e todo sacerdote era um guerreiro. 

3. (UGF/RJ) [adaptada] A civilização maia, floresceu na região que hoje corresponde ao(s): 
a) Uruguai, Argentina e sul do Chile. 
b) Paraguai e Bolívia. 
c) Brasil e Venezuela. 
d) Norte de Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México. 
e) Andes peruanos. 

4. Qual era a capital do Império Asteca? 
a) Tlaxcala 
b) Tenochtitlán 
c) Yucatã 
d) Astlán 
e) Cuzco 

5. Marque um X na alternativa que completa corretamente as frases abaixo, sobre a localização das culturas pré-colombianas: Maias, Incas e Astecas. 

1ª - Os (...) habitaram o vale do México, região muito pantanosa. Através de sucessivas guerras, pelas quais submeteram os povos vizinhos, formaram um império centralizado, passando a dominar todo o Planalto Mexicano; 

2ª - Os (...) habitavam a região onde hoje está a Guatemala, parte de Honduras e de El Salvador e a Península de Yucatã, no México. 

3ª - Os (...) habitavam no território que se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile. 

a) Incas – Astecas – Incas; 
b) Astecas – Incas – Maias; 
c) Maias – Astecas – Incas; 
d) Astecas – Maias – Incas;

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Atividade Complementar sobre Neocolonialismo - 8º ano


Educandário Sol Nascente
Goiânia, _______ de _____________ de 2018.
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Professor: Marcelo Henrique Junta

Atividade Complementar sobre Neocolonialismo

1.   Explique quais os interesses dos países europeus em dividir a África e Ásia.






2.   Explique de que forma a Segunda Revolução Industrial contribuiu para o surgimento do neocolonialismo.






Leia o texto a seguir:

“Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais”.
HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21. [Adaptado]

3.   O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano no século XIX. Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de:
a)   progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à natureza.
b)   tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus hábitos.
c)    autonomia política, expressa na escolha do homem negro por uma vida apartada da comunidade.
d)   liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus.
e)   respeito às tradições, associado ao reconhecimento do valor do passado para as comunidades locais.

4.   Podemos dizer que o neocolonialismo, no continente africano, produziu efeitos como:
a)   o confronto entre os reinos de Songhai e Mali.
b)   o alto desenvolvimento tecnológico de regiões como o Zaire, ou Congo Belga.
c)    a exportação do modo de vida africano para a Europa.
d)   as Guerras dos Bôeres.
e)   a divisão territorial africana de acordo com cada tribo e etnia existente.

5.   Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de Berlim, tratou da:
a)   incorporação da Libéria aos domínios norte-americanos, em troca do controle da África do Sul pela Inglaterra e Holanda.
b)   independência de Angola e Moçambique e da incorporação do Congo ao império ultramarino português.
c)    ocupação e do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas potências representadas.
d)   condenação do regime do Apartheid estabelecido na África do Sul e denunciado pelo governo britânico.
e)   incorporação da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da Alemanha.

6.   Como forma de justificar a dominação dos continentes africano e asiático, as potências europeias valeram-se de teses científicas da época que pregavam a superioridade da civilização europeia com relação às demais. Essas teses foram difundidas pela doutrina do(a):
a)   Liberalismo
b)   Mercantilismo
c)    Estamento Burocrático
d)   Sociobiologia
e)   Darwinismo Social

7.   O neocolonialismo no continente africano foi justificado pelos europeus como missão civilizatória para encobrir seus interesses econômicos nesse território. Além disso, o neocolonialismo era baseado em inúmeras teorias raciais do período, destacando-se entre elas o darwinismo social. Acerca do darwinismo social, podemos afirmar que:
a)   partindo de uma leitura incorreta e racista da Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, o darwinismo social defendia a existência de raças humanas naturalmente superiores às outras.
b)   o darwinismo social partia do princípio de que a adoção do cristianismo pelos europeus tornava-os superiores aos povos pagãos.
c)    partia de um determinismo geográfico, que afirmava que o clima típico dos trópicos justificava a “inferioridade” do desenvolvimento social dos povos da África.
d)   reforçava a visão fraternal da época que reforçava os laços de igualdade entre europeus e africanos.
e)   afirmava que um povo com o poder das armas modernas obrigatoriamente deveria impor seu domínio contra outros povos.


Atividade Complementar sobre Guerra Fria - 9º ano


Educandário Sol Nascente

Goiânia, _______ de _____________ de 2018.
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Professor: Marcelo Henrique Junta

Atividade Complementar sobre Guerra Fria

1. Em qual contexto histórico surgiu a Guerra Fria?
a)   No final da 1ª Guerra Mundial, quando ocorreu a expansão do socialismo para quase todos os países da América.
b)   No momento seguinte ao final da 2ª Guerra Mundial, quando Estados Unidos e União Soviética entraram em disputa mundial pela hegemonia militar, política e econômica.
c)    No final da década de 1980, com a crise do socialismo no leste europeu.
d)   No começo do século XX, com o rápido crescimento industrial e tecnológico da União Soviética e dos Estados Unidos.

2. Quais os dois sistemas econômicos que entraram em conflito durante a Guerra Fria?
a)   Socialismo e Comunismo.
b)   Comunismo e Coletivismo
c)    Capitalismo e Anarquismo
d)   Socialismo e Capitalismo

3. Qual das alternativas abaixo explica melhor a expressão "Guerra Fria".
a)   Guerra entre EUA e URSS onde as batalhas ocorreram em áreas de clima frio.
b)   Guerra ocorrida na década de 1950, entre EUA e URSS, em que ocorreu uso de armas nucleares.
c)    Disputa ideológica entre os Estados Unidos (capitalismo) e a URSS (socialismo) sem guerras de fato, ou seja, sem embate militar direto entre os dois países.
d)   Disputa ideológica entre Alemanha e Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial.

4. Quais os dois blocos militares que se formaram durante a Guerra Fria e quais países os lideraram?
a)   OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Pacto de Varsóvia (liderada pela União Soviética).
b)   OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Benelux (liderada pela Bélgica).
c)    Pacto de Varsóvia (liderada pela União Soviética) e Tríplice Aliança (liderada pela Alemanha)
d)   Tríplice Entente (liderada pelo Reino Unido) e OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos)

5. Um dos símbolos da Guerra Fria foi a construção do Muro de Berlim. Qual das alternativas abaixo explica a existência desse muro?
a)   O Muro de Berlim foi construído na década de 1940 para impedir a invasão da capital alemã pelo exército aliado.
b)   A Muro de Berlim foi uma linha imaginária para dividir as duas Alemanhas (uma socialista e outra capitalista).
c)    Em 1961 foi construído o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.
d)   O Muro de Berlim foi construído, com financiamento soviética, ao redor da cidade para proteger a capital alemã da influência capitalista.

Roteiro de Estudo - China Antiga


Educandário Sol Nascente
Goiânia, _______ de _____________ de 2018.
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Professor: Marcelo Henrique Junta

Formação e unificação da china

A formação da china

      Terceiro maior país em extensão, com 9,3 milhões de Km² e uma população aproximada de 1,3 bilhões de pessoas.

      É uma das mais antigas civilizações do mundo, com cerca de 10mil anos.

      Os primeiros habitantes começaram a ocupar o vale do rio Amarela, no norte da China atual, há cerca de 30 mil anos.

      Eram nômades, viviam da caça e da coleta de alimentos.

      Por volta de 5000 a.C., alguns grupos humanos começaram a se fixar às margens dos rios surgindo as primeiras vilas e aldeias.

      Criavam cachorros e porcos, fabricavam vasos de cerâmica para guardar alimentos e usavam instrumentos de pedra.

      O rio Amarelo exercia um papel importante na sobrevivência dessas comunidades, pois suas margens eram ricas em loess (tipo de argila muito fértil).


Organização familiar
      Autoridade inicial com base na figura feminina, mas aos poucos foram se tornando patriarcais.

      Os mais novos deviam obediência aos mais velhos, o pais era a autoridade máxima.

      As mulheres, restava a obediência ao pai ou à família do marido.


Organização Social e política
      A organização familiar também marcava a organização política das comunidades.

      Aliança com povoados vizinhos era feito por meio de casamento.

      Com as alianças houve o crescimento das aldeias se tornando cidades que também se desenvolveram transformando em pequenos Estados chefiados pelos patriarcas mais poderosos e influentes.

      Por volta de 2000 a.C., teve início o processo de unificação dos pequenos Estados, pelo patriarca Yü.

      A dinastia Xia foi a primeira a governar a China e tinha área dominada de 1600 Km².

      Nos 4 mil anos a China foi governada por diversas dinastias e alternaria momentos de unificação e momentos de divisão política do seu território.


A escrita chinesa
      Escrita feita em ideogramas - caracteres.

      Era considerada profética, pois acreditavam que poderiam adivinhar o futuro.


Do bicho-da-seda ao tecido
      Os chineses já produziam tecidos de seda na época da dinastia Shang (séc. XVII a.C. – séc. XI a.C.).

      A seda é produzida a partir do casulo do bicho-da-seda.

      Confeccionavam desde capas de almofadas e vestimentas até trajes para reis e imperadores.

      A produção era segredo de Estado e o contrabando poderia ser condenado à morte.

      Até séc. II a.C., o tecido inicialmente era comercializado apenas na China.

      Após séc. II a.C. passou a ser levado para além das fronteiras pela s caravanas de mercadores que percorriam a Rota da Seda.


A invenção do papel e da imprensa
      Por cerca de 2 mil anos os textos chineses foram escritos sobre a seda.

      No séc. II a.C. inventaram o papel.

      Os árabes difundiram pela Europa a técnica de produção do papel.

      Durante a dinastia Sui, criaram uma forma de imprimir textos por meio de blocos de madeira.

      A impressão teve grande impulso com a invenção dos tipos móveis de impressão.

      Foram moldados na argila cerca de 3 mil ideogramas separadamente.

      Os caracteres eram dispostos sobre uma placa de ferro, formando os textos das páginas.

      Após a impressão, os mesmos caracteres poderiam ser distribuídos em outra ordem, formando a página seguinte.

      Com o novo método, a impressão de livros tornou-se bem mais rápida.


A china imperial
      Período dos Reinos Combatentes (475 a.C. a 221 a.C.), foi um época de muitas guerras entre diversos pequenos Estados que disputavam a supremacia na região.

      Depois de muitas batalhas, o rei de um desses Estados, o Qin, anexou os territórios de reinos adversários e unificou.

      O primeiro imperador, Ying Zheng, adotou diversas medidas para consolidá-lo.

      Para os chineses os dons artísticos eram encarados como uma elevação da alma.