O que estourou em Vitória é pedaço
de realidade instalada país afora
Folha de São Paulo
09/02/2017 02h00
Possível e fácil, a ocorrência em
mais umas três capitais de algo como a arruaça em Vitória, e não se poderá
contar com solução de razoável racionalidade para conter a conflagração. Será
violência contra violência.
É essa uma visão pessimista do
risco? Sim, para quem supõe que Vitória sucumbiu a motivações suas. Ou, se
mais, a problemas do Espírito Santo. Mas o que estourou em Vitória é um pequeno
pedaço de uma realidade instalada pelo país afora. Entre os depósitos de
explosivos que são hoje tantas cidades brasileiras, Vitória estava até em
melhores condições do que Porto Alegre, Rio, Natal, várias outras. O mais
inquietante, no entanto, não está nessa realidade tão ameaçadora quanto pouco
reconhecida.
O que mais agrava a ameaça
subjacente no país é a total alienação do governo Michel Temer. Uma parte dele
só se ocupa de politicagem partidária e parlamentar, compartilhamento de cargos
e ganhos, manobras protetoras, na ilha afortunada que é Brasília. Michel Temer
é o falso centro dessa parte do governo.
A outra parte é a área econômica,
encabeçada pelo Ministério da Fazenda. Não é menos alienada do que a anterior.
Nem na ilha está: vive no seu círculo fechado. O país afunda mais econômica e
socialmente a cada hora, o desemprego real já está estimado em 20 milhões,
cresce o número de estados e cidades incapazes de custear os serviços
essenciais – e em nove meses de governo o ministro da Fazenda não tomou sequer
uma medida singela, qualquer uma, para facilitar (facilitar, nem se pediria
mais) uma reação ao esmagamento do país. Muito ao contrário, além de impedir os
estimulantes investimentos governamentais, sob sua regência os bancos oficiais
cortaram tudo que puderam do financiamento aos setores privados.
A alienação do Ministério da
Fazenda é total. Com o desabamento do poder aquisitivo posto diante dos seus
olhos, Meirelles e sua equipe se ocupam em criar penalidades para quem comprou
imóvel em construção e precisa desistir do negócio. Querem fixar multa de 25%,
um quarto do total já pago, a ser deixado no cofre do vendedor quando desfeita
a compra. As desistências subiram de 20% no já ruim 2014 para 43,4% no ano
passado, conforme as repórteres Ana Paula Ribeiro e Geralda Doca. Pequenos
imóveis, na maioria de valor entre R$ 300 mil e R$ 800 mil. Comprados, está
claro, por aqueles que haviam ascendido da pobreza para os primeiros degraus da
baixa classe média.
Tão simples: o governo reduz ou
elimina o rendimento, e castiga quem não tem mais o suficiente para honrar os
compromissos da ascensão perdida. É a face do governo Temer + Meirelles.
O potencial explosivo está à mercê
da sorte. Vitória não é uma diferença, é um risco comum que ali avançou mais. E
o mais grave: não se pode contar com o governo, que de uma parte se aliena como
pasto da politicagem e, em outra, na absoluta irrealidade do seu mundo de
cifrões.
JAMAIS
Passados os pasmos com as primeiras
prisões intempestivas, Sérgio Moro tem se mostrado bastante previsível. Mesmo
quando vai a extremos, como a divulgação ilegal de gravações telefônicas já
também ilegais, ato inesperável na forma, mas sem surpresa no excesso. Na mais
recente de suas tantas idas aos Estados Unidos, a regra se cumpriu, quando, por
exemplo, deu resposta fugidia sobre seu alegre encontro com Aécio Neves. Ou na
óbvia afirmação de que não tem responsabilidade alguma na causa da morte de
Marisa Lula da Silva.
Esta, porém, é uma certeza que
Sérgio Moro jamais terá como alcançar. Nem seus companheiros da Lava Jato
poderão livrar-se da interrogação.
Gostei do tema mais acho que deveriamos parar de falar que o gover isso o governo aquilo,pois oque ocorreu e esta ocorrendo em Vitoria com mais intensidade tem um puco de culpa do governo mais as maiorias das arruassas sao a propia populacao,mas em fim,otimo tema para ser discutido.
ResponderExcluirAdorei esse tema a ser discutido o fato de tudo aquilo que está acontecendo em nosso país,não é só culpa de algumas ou uma pessoa envlovida além de diversos problemas terem sidos causados por elas ,com isso,esses acontecimentos terem acontecidos por conta de uma grande falta de obrigatoriedade por partes deles
ResponderExcluirO paviu que já avia sido aceso pelo governo é pela sociedade só foi o inicio . Mas em um todo a culpa não e somente do governo a culpa também e da população que muitas vezes aponta o dedo na cara do governo e diz que ele e o culpado mas não percebe que ele é o verdadeiro culpado (É mais fácil apontar o demo na cara do outro do que na sua própria cara) essa e uma grande realidade brasileira pois ao invés da sociedade e o governo andarem separado passassem a anda juntos de mãos dadas pois assim a sociedade passa a reconhecer o seu valor e o governo vê a verdadeira realidade mais de perto . Vitoria (ES) apenas foi o inicio que pode ser mudado .
ResponderExcluirAluno : Alberto Magno 3°A Matutino
Realmente, Vitória alarma uma realidade geral em vários estados do nosso país ocasionada por uma política pública de péssima qualidade do governo Temer.
ResponderExcluirO governo anterior ao atual foi retirado de forma autoritária dentro das formas da lei.O governo Temer assume com o objetivo de sanar o problemas,mas percebe-se que já se passaram quase um ano e pouco se resolveu , tornando claro que tinham como finalidade favorecer interesses de terceiros. Acarretando uma desvalorização salarial de profissionais do serviço público.
Esse governo se preocupou apenas em prejudicar quem não quitasse seus débitos habitacionais, com aumento de taxas acrescentadas aos imóveis, diferente do governo anterior que se preocupava com habitação em todas as classes, principalmente média baixa.
Portanto, Vitória e outros estados do nosso país clamam por direitos e deveres constitucionais para que os trabalhadores sejam reconhecidos e valorizados pelo suor que cai dos seus rostos.
Aluna: Isabella de Oliveira Santos 3°F - MATUTINO